segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A viagem


Olá! Espero não ter deixado a família Plim demasiado preocupada. Foram dias complicados estes 3 últimos. Oh! Se existem boas complicações...


Tudo começou com uma partida maravilhosa, sem que qualquer membro tivesse faltado. Nada de choros ou grandes revelações, porque afinal, o momento era de felicidade. Fiquem os Plins sabendo que o nosso "momento cheers" foi fundamental. Na verdade é sempre.



Durante a viagem operada pela airberlim tudo correu bem. O problema começou a partir daí. Depois de ir a Palma de Maiorca, conhecer 100m de aeroporto no tempo recorde de 20min, aterro em Colónia.


A "Departure's Area" é o local ideal para começar a sentir o feeling magrebino. Desde cinquentões de moreno turco, com o cabelo branco, rapado dos lados e em crista, a mulheres de lenço, com malas rotas, a homens de aspecto chocolate com camisa branca e gel no cabelo... Pronto! Desatei a rir.


Esperei umas horinhas pela abertura da porta de embarque e mal a porta abriu...



Qual não é o meu espanto, quando em vez de fazerem uma cívica fila e aguardarem calmamente... Tudo, desde "velhos pernetas", a crianças magrebinas, a senhoras de meia idade e lenço novamente, a troianos e turcos, TUDO salta para cima da entrada. E eu, claro, pumba lá para o meio também!

Chegando ao avião, percebi algumas diferenças (3-0 para a airberlin).
Estava um pouco mais deteriorado e os turcos voadores, mais uma vez vitoriosos em transformar tudo o que mexe num filme indiano, fizeram, em 3 segundos, uma feira, daquele avião. De repente, já nada parecia ligeiramente deteriorado, antes um arraial.

Para meu espanto, não consegui dormir e as hospedeiras não foram muito com a minha cara, porque estava sempre a perguntar coisas no geral.


As informações só eram transmitidas em turco e alemão e obrigaram-me a pagar 5€ pela refeição vegetariana, que tinha reservado, sem qualquer pré-aviso por parte da companhia.

Dada a "introjisse"daquele estabelecimento comercial de serviços intra-atmosféricos, duvidei do destino dos meus ricos 5 euro e pedi recibo.

(Já tinha pago 8€ na airberlin por uma pasta vegetariana, "burramente", 5min antes de aparecerem umas deliciosas sandes de queijo gratuitas e não queria dar mais dinheiro a companhias aéreas)

Não podia ter feito pior, ou melhor! "Miss, nos aviões não é preciso passar recibo, porque estamos no ar!", "Miss, nos aviões não é preciso passar recibo, porque isto é taxfree!", "Miss, tem aqui uma coisa a dizer que é obrigada a pagar, por isso não é preciso recibo!". Por favor digam-me qual das 3 a melhor???



Bom, passados 30minutos de árduas conversações, porque só uma das hospedeiras sabia falar inglês e eu continuava a duvidar do bolso a que ia parar a minha nota, consegui este papel, vindo directamente dos Céus.


De facto, não poderia ter vindo de outro lado, porque foi através de toda esta confusão que conheci a rapariga que me iria levar à universidade.

Exactamente, não fui acompanhada do dito mentor atencioso que prometeu ir buscar-me.


Quando cheguei à zona de contacto com a população nativa, vi cartazes de táxis, de contactos, de carros de aluguer, mas assim, um a dizer EGE UNIVERSITY ou MARIANA, não...


A ( como lhe passei a chamar, porque não conseguia pronunciar o nome dela), ofereceu-se então para me ajudar e acabamos por sair juntas dali e fugir dos taxistas esfomeados por "chular" turistas, no renault do namorado.


Bornova, a região de Izmir onde estou, ficava a cerca de 20 minutos do aeroporto e quando chegamos encontramos a residência com alguma facilidade, dadas as mais de 15 horas de viagem e os 4 descolagens a que me submeti por auto recriação, mas sem grandes e aparentes alternativas.

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