sábado, 28 de fevereiro de 2009
Parabéns Martinha
Mana espero que sintas que estou aí contigo a dar-te um beijinho enorme enorme e um xi do tamanho do mundo.
Sempre tua :)
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Algumas coisas estranhas
- -Em vez de cachorros há uma da manhã das poucas coisas abertas na rua são uns carrinhos de mão que vendem ameijoas.
- -As refeições nos restaurantes normais custam entre 2 a 3€.
-Vai não vai houve-se uma música que envolve toda a cidade, uns cânticos vá... São rezas (5 vezes ao dia)
-Aquela coisa que estudamos, que é proibido praticar preços diferentes no mesmo mercado ou em mercados diferentes (como é Costa??) ...isso!... Shu! Não existe aqui, nem nunca se ouviu falar!!
-Casas em bom estado? Não...
-As aulas começaram à duas semanas e a única coisa que a faculdade me diz é: "quando tivermos aulas em inglês para vocês mandamos um email". Ah! recebi hoje um email a dizer que das 6 a que me inscrevi, já conseguiram arranjar 2! UAUH!
-O turista é sempre "chulado" no troco.
-Para frequentar a natação é necessário ir primeiro ao hospital "ver os pés". Na prática, "ver os pés" implica reunir primeiro uns papéis num gabinete perto das piscinas e no dia seguinte acordar suficientemente cedo para estar no hospital antes das 5 da manhã. Isto, porque só há 40 vagas para tratar de papelada desse género no hospital. Se formos o nº41 ardemos! A fila é gigante depois das 5! Ora espera-se 3 a 4 horas em lume brando, o médico chama, OLHA para os pés e diz: "Tamam" (ok). E pronto, já se pode ir para a piscina.
- Para terminar, porque são seis da manhã e já estou com muito sono: A caminho da faculdade (que fica mesmo atrás destas árvores) encontro a seguinte jóia da coroa:
Pocket Dictionary
A temperatura
Está muito mais frio que no Porto. E o ar é muito seco! Além disso faz bastante vento. Comprei um guarda chuva , porque caíram umas pingas, para nada! Mesmo que chovesse a cântaros (dizem que raramente chove, mas quando chove é tipo 10 horas sem parar!) o vento mata os guarda chuvas todos à chapada.
Então Mariana e a comida?
Desde que cheguei não comi um ovo, a sopa e servida com 1/4 de limão, em vez de vinagre e azeite sobre as mesas há sempre um molho de limão forte e um molho de limão fraco, usam muito o picante e TODOS OS RESTAURANTES TÊM PRATOS VEGETARIANOS!
Melhor??
Tenho que postar a foto de um restaurante a que costumamos ir. O Cellos! O dono do restaurante é o sonho de qualquer companhia aérea! Parece aqueles filmes sobre como colocar o cinto de segurança que passam nas televisões dos aviões!
"We- in Cellos -, have the best-meals and the best-prices, with the best re-lation price-quality. (...) Here-you can ask for what-ever you want and we will serve you in the best-way. (...) (...)You can try-soup-rise-salad-whatever you want. (...) I-can-help-you! Here- in Cellos we-don't-use-oil, it is not made in serie. Here- in cellos- we do not let our costumers down. you can (...)"
Cada sílaba tem um significado muito especial para o Sr. Cellos!
Erasmus, Gatos e Fotos
não sei... Não gosto...
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
A perseguição
Mas não há falsificações como as do Joaquim Manel ou da Tina Rodrigues, cigana de profissão!!
Nah senhor! Tudo de Muha Kabak para cima, ou seja, sapatilhas e botas incríveis!
Bom, estava a ver umas botas da Timberland mesmo giras (Não! Não estou a falar das amarelas!) e queria saber o preço. Claro, falei em Inglês!
O muhamed akebak ali do sítio disse que eram 40 euros e eu:
- Então? Tás é a bater mal ó meu ganda maluco!!
E pronto... Ele perseguiu-me. Altas corridas pela rua, veio a polícia do estado, o embaixador e ainda foram chamar o Obama mas "diz que está de Erasmus nos Estados Unidos!"
Não foi nada assim. Depois de perguntar o preço, o vendedor queria saber de que país era, sempre a insistir, e eu a fazer-me de burra, a dizer que não sabia o que queria dizer "country", e a despacha-lo, tipo "by by! dotADASTAD, dot ADASTAD"
Lá fui embora e tal, só que quando dou por mim, passado tipo 5 minutos, já noutra rua menos central, vejo que o fulano está atrás de mim. Continuei a andar e parecia tudo muito estranho, comecei a abrandar o passo e ele também abrandava, a ver montras e ele: a ver montras. Aí percebi que me estava mesmo a seguir. Fiquei um pouco preocupada porque aquela rua estava vazia e se fosse em frente mais vazia e escura ficava. Então decidi começar a andar normalmente e, derepende virei-me, 180º, olhei para ele e fui em sentido contrário num passo mais rápido, contornei logo a primeira esquina que apareceu e escondi-me atrás de uns expositores. Passados 3 segundos ele aparece, assim a olhar para os lados a ver se me via. Mal o despistei, corri para outra loja e não o voltei a ver. Mas tenho algum receio porque a banca dele é no kuçuk parque (na imagem), o ponto de encontro de todos os estudantes, dos bares, das lojas, dos restaurantes. É uma área relativamente pequena, só que as coisas estão todas em cima umas das outras. Todos os dias passo lá.
Bom não sei se estão a ver mas foi um grande filme. O problema é que estava sozinha. Foi na terça feira. Já conhecia alguns erasmus, mas não me ligaram muito e durante a tarde comecei a sentir-me meio perdida, meio abandonada então resolvi sair e dar uma volta.
Agora já não me sinto abandonada. Só que no início é tudo muito esquisito e conta muito nesta minha experiência não estar nenhum Português comigo. Nem espanhol, nem inglês, nem francês.
Só estão duas raparigas Italianas, mas ... sinto falta de mais países de proximidade. De entender a língua, de comentar. Sou a única aqui que está sozinha.
Gosto disso. Dou mais valor à nossa forma de estar.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
O supermercado
O Pior estava para chegar. A sombra dos meus primeiros dias: "KIPA".
O supermercado!
(reparem bem no parque automóvel)
Apesar da aparente normalidade, conferida pela disposição das estantes e prateleiras, secções e caixas registadoras, aquilo é muito estranho...
Lenços nas cabeças, roupas de aspecto sujo, a antipatia de algumas pessoas (a desratarem-me quando não andava com o carro para a frente ou chocava sem querer: em português seria "andas das pernas pá", "olha aí o carro!", "sai da frente, ó tona!").
Ah! Existem imensas promoções dentro do supermercado (à entrada, nas estantes à volta da entrada e em mais dois corredores). Tudo a custar o.25€, 0.30€, o.50€, 1€ e 2.5€. Desde taparueres, a cadernos, a material eléctrico. 1/5 do supermercado em promoção!
Ora, estava eu com aquele ar de turista no supermercado a apreciar todo este cenário quando, do nada, começa a dar uma musica pimba turca super alto! Mesmo muito alto, para um supermercado!
As pessoas começaram a andar mais rápido, as promoções começaram a voar, as letras estavam aos saltos, até o pó das prateleiras dançava a dança do ventre naquela superfície modernizada, com essência de faroeste marroquino.
Claro que me mandei logo para o chão a rebolar de rir! Já tinha estado meia hora para descobrir um champô e um amaciador para cabelos normais, sem ser 2 e 1, outra meia hora para perceber o que era leite e o que era uma mistura de iogurte com agua muito popular por estas bandas, mais meia hora para abandonar a ideia de comprar queijo, porque existem no mínimo 20 variedades diferentes e a senhora que o corta em fatias não fala inglês, mais meia hora para as indecisões típicas da Mariana... Quando de repente, começa:
Por favor tentem imaginar:
De qualquer forma, acaba por ser mesmo giro ver que quando as pessoas são diferentes o mesmo conceito pode ganhar contornos até opostos por vezes. São contornos que temos e devemos aceitar, não só por uma questão de respeito e sobrevivência, mas também porque só retirando essas nuvens que envolvem conceitos e realidade, em si, os e a podemos compreender realmente.
Assim me despeço hoje!
O próximo post será para falar dos imensos Erasmus que conheci!
Estou bem amigos e amigas, plins e plins!!
VocÊs sabem quem são :)
Adoro-vos muito!!
P.S.: tenho tanto para contar ainda. O tempo, a cidade, a faculdade, a comida, as rolotes, a perseguição de que fui alvo, a bijuteria, as mil sapatilhas falsificadas baratíssimas e lindas, a residencia... Vou continuar a postar!
A chegada
A primeira coisa que fizemos foi levantar dinheiro. Levantei 160LT, a pensar: "Ora bem, vou levantar aqui uns 30 contos para poupar no cambio". De seguida fomos tentar comprar um cartão telefónico, mas acabei por sair da loja sem nada, porque como virão que era estranjeira queriam que comprasse um cartao que custava 50LT com não sei quantos bonus.
O verdadeiro problema é que a Mariana se esqueceu de ver a taxa de câmbio, por isso nao fazia a mínima ideia quanto é que ia dar pelo cartão e resolvi esperar até perceber quanto valia o meu dinheiro aqui.
Nessa altura a Arzu foi embora, porque já tinha coisas combinadas e eu fiquei ali entregue à bicharada turca, meio perdida, meio prestes a perder-me.
Decidi ir ao Ikea comprar tolhas, cabides, um copo, um prato e uma tigela para comer ceriais ao pequeno almoço primeiro. LOOL Quando cheguei lá nem anotar a referência do copo sabia, porque no meio do nome da colecção, do conjunto e da peça, não sabia como se dizia copo. O mesmo para o prato, para os talheres, para a tigela... Enfim não percebia um bacalhau do que estava escrito por todo o lado, não sabia quanto valia o euro, nem quanto tinha levantado! O que é que eu estava ali a fazer se não reunia as condições necessárias para efectuar uma simples compra?
Decidi! Tenho que descobrir a taxa de cambio e é já! Vi uns tipos do Ikea com umas máquinas chamadas computadores normais, perguntei se podiam ir à net e dizer.me o potencial da minha moedinha querida.
"1€ vale 2,1TL ",disse o IkeaSir. E eu, BÁMBORA!! - Tou rica!
Rica não estou, mas pelo menos tenho sempre uma certeza: Nada é mais caro do que em Portugal.