quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A perseguição

Aqui tudo é falsificável!

Mas não há falsificações como as do Joaquim Manel ou da Tina Rodrigues, cigana de profissão!!
Nah senhor! Tudo de Muha Kabak para cima, ou seja, sapatilhas e botas incríveis!

Bom, estava a ver umas botas da Timberland mesmo giras (Não! Não estou a falar das amarelas!) e queria saber o preço. Claro, falei em Inglês!

O muhamed akebak ali do sítio disse que eram 40 euros e eu:
- Então? Tás é a bater mal ó meu ganda maluco!!

E pronto... Ele perseguiu-me. Altas corridas pela rua, veio a polícia do estado, o embaixador e ainda foram chamar o Obama mas "diz que está de Erasmus nos Estados Unidos!"

Não foi nada assim. Depois de perguntar o preço, o vendedor queria saber de que país era, sempre a insistir, e eu a fazer-me de burra, a dizer que não sabia o que queria dizer "country", e a despacha-lo, tipo "by by! dotADASTAD, dot ADASTAD"

Lá fui embora e tal, só que quando dou por mim, passado tipo 5 minutos, já noutra rua menos central, vejo que o fulano está atrás de mim. Continuei a andar e parecia tudo muito estranho, comecei a abrandar o passo e ele também abrandava, a ver montras e ele: a ver montras. Aí percebi que me estava mesmo a seguir. Fiquei um pouco preocupada porque aquela rua estava vazia e se fosse em frente mais vazia e escura ficava. Então decidi começar a andar normalmente e, derepende virei-me, 180º, olhei para ele e fui em sentido contrário num passo mais rápido, contornei logo a primeira esquina que apareceu e escondi-me atrás de uns expositores. Passados 3 segundos ele aparece, assim a olhar para os lados a ver se me via. Mal o despistei, corri para outra loja e não o voltei a ver. Mas tenho algum receio porque a banca dele é no kuçuk parque (na imagem), o ponto de encontro de todos os estudantes, dos bares, das lojas, dos restaurantes. É uma área relativamente pequena, só que as coisas estão todas em cima umas das outras. Todos os dias passo lá.

Bom não sei se estão a ver mas foi um grande filme. O problema é que estava sozinha. Foi na terça feira. Já conhecia alguns erasmus, mas não me ligaram muito e durante a tarde comecei a sentir-me meio perdida, meio abandonada então resolvi sair e dar uma volta.

Agora já não me sinto abandonada. Só que no início é tudo muito esquisito e conta muito nesta minha experiência não estar nenhum Português comigo. Nem espanhol, nem inglês, nem francês.
Só estão duas raparigas Italianas, mas ... sinto falta de mais países de proximidade. De entender a língua, de comentar. Sou a única aqui que está sozinha.

Gosto disso. Dou mais valor à nossa forma de estar.

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