sexta-feira, 3 de abril de 2009

Obama aqui

Obama na Turquia

No dia 5 de Abril o presidente Obama vem Turquia estreitar as relações dos EUA com o mundo Árabe. Que é como quem diz dançar o ulah-ulah para os muçulmanos de novo para ver se consegue mais uns trocos com o petróleo, procurar apaziguar os terroristas (parece que agora não dá jeito ter um 11 de Setembro, nem tão pouco mais efervescências com a Palestina ou Irão) e passar um grande “sweeper” nas declarações de guerra ao mundo Islâmico, proferidas pelo rei das botas e caçadeiras Mr. Bush.

Esta visita é apenas simbólica e antecede o encontro entre EUA e países Muçulmanos, prometido por Obama, que terá lugar brevemente (?) numa cidade Muçulmana ainda por definir (?).

Expectativas turcas

É curioso perceber as expectativas e exigências turcas, no que toca ao discurso de dia 5. Bulent Kenes, jornalista do Today’s Zaman, escreve o seguinte:
  • «(…)Obama deverá declaradamente frisar que não vê o Islão e Muçulmanos como inimigos. (…) Deixando igualmente claro que os EUA melhorarão as relações com o mundo muçulmano (…) e que irá atentar na necessidade de democratização do mundo muçulmano, salientando que tal necessidade não poderá ser socorrida via força ou coerção, mas gradualmente.»
  • (…) Obama deverá também passar a mensagem À União Europeia e ao Ocidente que a Turquia não é um país que se deva temer, só por ser muçulmano, antes uma democracia contemporânea, com a qual se podem estabelecer todos os tipos de cooperação e saudáveis parcerias. (…)»
  • «Obama deverá proferir a frase “Os EUA rejeitam o conceito de terrorismo Islâmico” (…)»


É caso para perguntar quão gradual será a democratização dos países muçulmanos. Será que é possível democratizar um país sem reformar a posição ditatorial dos valores religiosos? Se não é… Como se democratização?


Gradualmente não poderá ser a resposta. Por uma simples razão: O tempo é praticamente infinito para eles. Aqui o Português chega a horas certas!


Naturalmente repetir o maravilhoso feito da Administração Bush, aquando da invasão do Iraque não é solução. Mas a comunidade internacional deve pressionar e procurar acompanhar mais de perto estes países (por perto digo, vir aqui e vir sem comitivas ou jornalistas); Deve estudar e compreender o real atentado diário em que se transformaram estas terras desertas de constituições jutas e mecanismos de protecção dos direitos humanos; Deve deixar-se de manobras de propaganda e empenhar-se em testar soluções mais assertivas e, muito importante, apostar na educação ocidental para o Oriente, pois também temos muito a aprender e só aprendendo podemos auxiliar estas populações na construção de um sistema que, acima de tudo, as beneficie e satisfaça.

Quanto à necessidade de a Europa ouvir de Obama que a Turquia é uma democracia contemporânea… É gentil, no mínimo. Podemos rir juntos e juntas? Primeiro não devemos devoção a Obama, apesar do esforço árduo levado a cabo pelos seus assessores, durante a construção do seu altar (O altar de Obama), nas passadas eleições. Ou devo dizer “pregões”?


Seria engraçado, além de termos a mesma moeda, teríamos a mesma religião. Não haja dúvida, um grande passo na construção da União que nem Churchill previu. E como era devoto, ele. Passaríamos então a usar expressões como:


“Ai! Se Obama diz…”
”Palavra de Obama.”
“Obama que estás na América…”
“Inch’Obama!”
E afins…


Voltando à necessidade de a Europa ouvir de Obama que a Turquia é uma democracia contemporânea: A Turquia, uma democracia contemporânea? Bom… Disseram-me que Izmir era tipo ao Porto… Já estou por tudo!


Gostaria de ver a reacção dos americanos quando Obama proferisse a frase “Os EUA rejeitam o conceito de terrorismo Islâmico”. Em todo o caso, parece-me que ele tem um problema maior em mãos. Durante os “pregões” prometeu que iria rejeitar a existência do genocídio arménio. Agora a Turquia quer que vingue a sua promessa eleitoral!

O que foi o genocídio?


Na altura da primeira guerra mundial morreram milhares de Arménios, ao que se diz, nas mãos da Turquia. A Turquia, liderada à altura por Ataturk, recusa que tenha havido um genocídio e ensina nas suas escolas e livros que os Arménios morreram em virtude das más condições atmosféricas do Este e de subnutrição.


Porque estavam os Arménios no Este da Turquia?


Durante a primeira guerra mundial a Rússia tentou invadir a Turquia, à data Império Otomano. Ora os Turcos dizem que os Arménios estavam feitos com a Rússia, que estavam a ajudar as forças russas, fazendo pressão militar na fronteira arménia. Dizem que estavam a ser “ensanduichados” e que tinham que os tirar de lá. Então Ataturk ordenou aos seus soldados que fossem tirar os arménios da fronteira e que os levassem para este turco. O resto já sabem… Condições atmosféricas e má nutrição – morreram. O problema é que foram muitos!


Nunca saberemos quem conta a verdade. Neste momento, tanto a Rússia como a Turquia se recusam a mostrar os relatórios.


Pressão Internacional para confessar o genocídio


Voltando a Obama. A União Europeia e outras forças internacionais insistem na existência do genocídio. Portanto ele terá que escolher de que lado está.
Vamos esperar então pela sua “palavra”…

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